Fontes (imagem e matéria): O Povo Online. Link original da matéria clicando aqui.
Ansiedade e insegurança são alguns dos fatores que mais influenciam a disfunção erétil em homens mais jovens. Também conhecida como impotência sexual, a condição consiste na dificuldade em alcançar e manter a ereção do pênis, podendo ser causada pela quantidade insuficiente de sangue na região.
Apesar da ausência de dados referentes à incidência nos mais novos, Eduardo Miranda, urologista especializado em medicina sexual, afirma que há um consenso entre especialistas sobre a crescente ocorrência nesse grupo.
“A queixa principal é a dificuldade em ter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória. Uma grande questão é: o que é atividade sexual satisfatória? Muitas pessoas têm uma ideia errada do que é normal. Homens veem modelos irreais de performance sexual na televisão, nos filmes pornográficos, e acreditam que aqui é padrão de normalidade. Isso gera ansiedade. Os pacientes têm uma frustração de performance, trazendo muita frustração. Sofrem por não conseguirem ter uma atividade tão frequente quanto gostariam”, comenta Miranda.
De acordo com o especialista, a atividade sexual satisfatória geralmente depende da confiança do sujeito e da capacidade de aproveitar o momento. Pacientes jovens com disfunção sexual têm alto nível de ansiedade, o que pode estar associado. Muitas vezes têm há outros transtornos psiquiátricos associados.
“A adrenalina é a substância antiereção mais potente do mundo. Há um bloqueio quando o sujeito está muito ansioso, muita adrenalina no sangue. Isso dificulta a capacidade de manter uma ereção rígida. Se um individuo consegue, por ventura, ter uma boa rigidez; por outro lado, o excesso de adrenalina abre a válvula do pênis e diminui a pressão sanguínea dentro do órgão”, detalha o médico.
“Existe um medo muito grande de falhar e decepcionar outra pessoa dentro do relacionamento”, dialoga o cirurgião especialista em urologia Emílio Sebe Filho. “Tal comportamento pode, muitas vezes, boicotar os estímulos do corpo e causar o problema de disfunção erétil psicogênica, ou seja, disfunção ligada às questões que vão além do físico”.
Já em casos de homens com histórico de ereções, a ocorrência de uma falha gera insegurança e ansiedade. E cada nova ereção passa ser um teste. Isso pode ser o início de uma série de falhas. Caso o jovem demore a procurar ajuda especializada, a situação pode se agravar.
Tratamento
O primeiro passo do tratamento é descartar doenças no pênis. Na maioria dos casos, esta não é a principal causa da disfunção. Nos jovens, a maior parte dos problemas tem origem psicológica. Por isso, o mais indicado é buscar terapeutas sexuais, sexólogos, urologistas e psiquiatras. “O profissional mais adequado é aquele que tem uma formação em medicina sexual ou sexologia. Caso tais profissionais não estejam disponíveis, o paciente pode pedir orientação a profissionais de saúde de sua confiança”, sugere Eduardo Miranda.
Emilio Sebe lembra da importância do acompanhamento de um médico de confiança caso seja identificada alguma condição biológica. “A terapia de ondas pode ser uma grande aliada nesse processo. O tratamento consiste em uma onda acústica que aumenta a circulação sanguínea local, promovendo processos de neovascularização e reparação do tecido”, explica.
Sebe recomenda, ainda, acompanhamento anual com um médico de confiança para checagem de pressão arterial, níveis de glicose no sangue, relação entre peso e altura, níveis hormonais e qualidade do sono -problemas desencadeadores de disfunções sexuais.