A doença de Peyronie é caracterizada pela presença de tecido cicatricial na superfície interna do pênis conhecida como placa. Detectar a presença da placa nem sempre é uma tarefa simples, pois muitas vezes ela pode ser pequena, sutil ou em localização de difícil acesso. Isso pode dificultar o diagnóstico e contribuir para que a doença seja negligenciada.
Durante a fase inicial do processo inflamatório é comum que haja mudanças no tamanho, localização e consistência das placas, e isso costuma gerar grande preocupação nos pacientes. A grande verdade é que apesar de o crescimento da placa indicar que de certa forma há uma progressão da doença, isso em si não é o critério mais relevante.
O que importa de fato é a elasticidade da placa. Existem placas que aumentam em tamanho porém a deformidade diminui, ao passo que placas que continuam pequenas se tornam mais inelásticas e a deformidade pode piorar de forma considerável. Além disso, a doença de Peyronie pode acometer também os prolongamentos da túnica albuginea para dentro dos corpos cavernosos. Esse componente intracavernoso também ajuda a justificar a piora da deformidade mesmo na ausência de alterações nas placas palpáveis ou visíveis ao ultrassom.
Esse é um dos motivos que fazem com que a doença de Peyronie tenha um aspecto dinâmico nos primeiros meses de sua apresentação.Desta forma, o mais importante é focar na deformidade e não na placa. É fundamental um acompanhamento por médicos especialistas para um aconselhamento adequado e para a obtenção de estratégias importantes no controle da doença.