Azoospermia significa a ausência completa de espermatozoides no ejaculado. É a condição mais grave dentro da infertilidade masculina, no entanto há tratamentos que podem proporcionar gravidez através de técnicas de fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Isso acontece pois muitas vezes há uma pequena produção de gametas no testículo que é capaz de chegar ao sêmen, no entanto são passíveis de captação cirúrgica para tratamentos em laboratório. Pode ainda haver um entupimento no ducto deferente que pode impedir a passagem dos espermatozoides, e dessa forma a retirada cirúrgica dos mesmo também é possível. Uma avaliação andrológica completa é fundamental nesses casos para definir possíveis causas e determinar as chances de cada individuo.
A varicocele é um dos fatores com potencial de prejudicar a produção de espermatozoides no testículo. No entanto as causas que impedem a gravide natural são inúmeras. A cirurgia varicocele usando o microscópio e a melhor opção de tratamento e consiste na interrupção das veias para diminuir o acúmulo de toxinas e o aumento da temperatura interna do testículo. No entanto alguns pacientes não melhoram de forma esperada e isso pode decorrer de alguns fatores: 1. Pode haver veias remanescentes, seja por que durante a cirurgia nem todas veias foram identificadas ou porque houve um aparecimento de novas veias dilatadas que não havia antes; 2. Pode ter havido lesão da artéria testicular durante a cirurgia; 3. A varicocele melhorou, porém não foi incapaz de impedir uma piora progressiva que vinha se estabelecendo, seja por predisposição genética, seja por doença adquirida; 4. Limitação do espermograma, que muitas vezes é incapaz de demonstrar o potencial reprodutivo do paciente; 5. Erro ou variação de laboratório, já que o espermograma pode variar de acordo com o local em que ele é realizado.
A cirurgia de vasectomia consiste na interrupção do canal que liga os espermatozoides do testículo ao pênis. Apesar desse bloqueio, a produção nunca para de forma que há diferentes opções de reestabelecer a fertilidade desses pacientes. Pode ser feito uma reversão de vasectomia usando técnicas modernas de microcirurgia ou mesma uma captação cirúrgica de espermatozoides para realização de técnicas de reprodução assistida. A escolha de qual a melhor opção é complexa e envolve: tempo desde a vasectomia, idade da parceira, número de filhos desejados, saúde reprodutiva da feminina, etc. Especialistas em andrologia e reprodução humana devem ser consultados para uma tomada de decisão mais consciente.
Os medicamentos para disfunção erétil são altamente eficazes para melhorar a qualidade das ereções. Existem diferentes opções no mercado com efeitos e modos de uso variados. Pacientes que não tem resposta ao uso da medicação devem ser avaliados para tentar identificar erros no modo de uso: muitas vezes drogas, doses ou modos diferentes podem gerar melhora na resposta. Infelizmente há pessoas que não respondem aos comprimidos e necessitam de injeções penianas ou outras formas de tratamento.
A prótese peniana é a última linha de tratamento para disfunção erétil, geralmente reservados para os casos mais graves ou que não responderam as opções menos invasivas de tratamento. Tem altos índices de satisfação por aqueles que optam por essa modalidade, no entanto é importante ressaltar que é uma opção irreversível e que há riscos, como a infecção. Por isso uma correta indicação é fundamental para evitar riscos desnecessários. A melhor maneira de saber se essa opção é adequada para você é procurando um especialista para que todas as opções sejam esclareceidas antes da tomada de decisão.
Você provavelmente está sendo acometido pela doença de Peyronie. Essa doença tem uma predisposição hereditária e pode acometer homens de todas as idades. Caracteriza-se por a formação de “placas” que são acúmulos de tecido cicatricial na superfície interna do pênis, que pode gerar dor e as mais diversas deformidades. As placas podem ser localizadas ou difusas, o que faz com a apresentação seja externamente variada, seja em cima, em baixo, próximo à glande (cabeça) ou mesmo no escroto. O diagnóstico preciso é fundamental, pois o tratamento vai ser de acordo com a fase da doença em que se encontra o problema.
Infelizmente não há medicamentos orais capazes de gerar melhoras significativas nas deformidades penianas geradas pela doença de Peyronie. Substâncias como vitamina E, pentoxifilina, potaba e outros produtos naturais foram muito prescritos no passado, no entanto devido a ausência de comprovação científica de eficácia e seu uso não é recomendado. Anti-inflamtórios podem ser recomendados para pacientes com dor na fase aguda da doença, mas deve-se deixar claro que o objetivo é o controle da dor e não a melhora da curvatura.
A ejaculação precoce é extremamente frequente nos dias atuais. Existem diferentes fatores que podem causar ou agravar o problema. Diferentes opções estão disponíveis e incluem tratamentos medicamentosos e não-medicamentosos. Cremes locais, que diminuem a sensibilidade peniana com o intuito de retardar o orgasmo, e comprimidos, que agem na regulação central de neurotransmissores responsáveis pela ejaculação, constituem as opções medicamentosas disponíveis. Fora os remédios, fisioterapia pélvica especializada pode ser utilizada como suporte para melhorar o controle na hora “H”.
Casos de pacientes que um dia foram normais e começaram a ter ejaculação precoce a partir de um determinado momento são potencialmente curáveis. No entanto, boa parte dos pacientes relatam ter ejaculação precoce desde o inicio da vida sexual. Acredita-se que nesses indivíduos a ejaculação precoce se dá por alterações na regulação central do orgasmo que é algo intrínseco do indivíduo. Em outras palavras, não é possível reverter completamente o processo.Se não for feito um aconselhamento e preparação adequada, terminado o tratamento medicamentoso o problema pode voltar para a estaca zero.
A cirurgia de fimose esta indicada para pacientes que tenham dificuldade de expor a glande ou infecções de repetição. Pode ser utilizada também com o intuito de prevenir doenças sexualmente transmissíveis em pacientes mais jovens ou mesmo por questões estéticas ou religiosas. De uma maneira geral, se não houver queixas e o paciente estiver bem adaptado à quantidade de prepúcio a cirurgia não precisa ser realizada.
Infelizmente não existem métodos seguros e com comprovação científica para gerar aumento real das dimensões do pênis. Exercícios de tração, cirurgias dos ligamentos do pênis e lipoaspiração da gordura da região púbica até podem ser utilizadas em casos selecionados, mas apresentam resultados controversos e não geram aumento real. Medicamentos orais de conteúdo desconhecido ou à base de hormônios são frequentemente oferecidos pela internet com a promessa de aumentar as dimensões do órgão genital masculino. No entanto não há comprovação de único caso sequer que tenha respondido de forma satisfatória e permanente a esses tratamentos. Outra opção que é comumente oferecida de forma irresponsável na internet é a bioplastia peniana com injeção de polímeros. Essas injeções são extremamente arriscadas, com vários relatos de complicações gravíssimas, bem como resultado estético insatisfatório.
O que existe, na verdade, são cirurgias que podem recuperar o tamanho perdido com doenças do pênis como: doença de Peyronie, priapismo, fibrose peniana, encurtamento pós-cirurgia radical da próstata, etc. Porém, tais procedimentos são cirurgias reconstrutivas complexas e que geralmente requerem a colocação de próteses penianas.