A vasectomia consiste em uma cirurgia para esterilização voluntária do homem e é a cirurgia urológica mais realizada no mundo. É eleita como método contraceptivo por cerca de 10% dos casais. Ela consiste na interrupção dos ductos deferentes, que são os canais que conduzem os espermatozoides dos testículos até o pênis. É considerada um procedimento simples e de rápida recuperação com baixo índice de complicações, apresentando falhas em torno de apenas 1 para cada 600-1000 casos. Sua eficácia é semelhante à ligadura das trompas nas mulheres com a vantagem de haver cirurgia para reversão com altos índices de sucesso
Existem técnicas mais modernas que dispensam a necessidade do uso do bisturi para a realização de cortes na pele. Com pinças extremamente delicadas pode-se acessar o dos ductos deferentes através do escroto e trazê-los para superfície onde seu trajeto será interrompido. Para garantir o sucesso e evitar uma recanalização espontânea, quatro técnicas são empregadas: retirada de cerca de 1 cm de deferente, cauterização da saída, interrupção das extremidades com fios e interposição de tecidos de sustentação entre os cotos. Após o procedimento um mínimo período de repouso é necessário, a depender do ramo de atividade do paciente. O sucesso do procedimento só é garantido após 3 meses ou pelo menos 20 ejaculações em que um espermograma de controle seja capaz de demonstrar ausência de espermatozoides móveis.