Existe um entendimento que a testosterona é responsável pela agressividade, e que quanto maior o nível circulante deste hormônio maior a chance de um individuo ser agressivo. No entanto, essa premissa não é inteiramente verdadeira, pois os determinantes do comportamento humano são muito complexos e ainda há muita controvérsia sobre este tema. Apesar de alterações hormonais poderem influenciar parcialmente o comportamento e a personalidade de indivíduos, há pouca evidência científica de qualidade que comprove tais fatos. Sabe-se que há uma relação ambígua entre testosterona e agressividade: enquanto pacientes com testosterona baixa tendem a ter irritabilidade, outros com níveis demasiadamente elevados apresentam igualmente sinais de agressividade. A experiência clínica demonstra que elevações rápidas da testosterona podem aumentar a agressividade, contudo isso tende a ser passageiro. Por outro lado, já foi demonstrado que o uso de derivados sintéticos de testosterona estão associados a doenças psiquiátricas como esquizofrenia, transtorno bipolar, além de outras condições que também podem cursar com aumento de agressividade. Diante dessa polêmica ainda sem resposta, o ideal para saúde mental é manter níveis normais de testosterona evitando a deficiência e o excesso.