Em período de pandemia, o isolamento social é uma das principais estratégias para tentar conter a rápida proliferação da doença. Neste contexto, algumas entidades médicas têm recomendado abstinência de atividade sexual, principalmente em pessoas que não coabitam o mesmo ambiente de isolamento. Se por um lado tais sugestões visam evitar a disseminação do vírus ao diminuir a troca de secreções, por outro podem interferir na saúde sexual masculina. Dentre as possíveis consequências teóricas do isolamento prolongado na saúde sexual masculina, é importante que fiquemos atento para as seguintes questões:
1 – A diminuição da atividade sexual pode dificultar a intimidade de indivíduos e casais que estão impossibilitados de ter contato físico, podendo gerar crises nos relacionamentos;
2 – A abstinência sexual forçada pode aumentar o nível de ansiedade, sendo capaz de gerar sofrimento e até depressão;
3 – Essa mesma ansiedade pode agravar quadros de disfunção sexual: pode haver piora da função erétil, diminuição do desejo sexual e descompensação de quadros de ejaculação precoce;
4 – O isolamento pode favorecer a prática de padrões subversivos de masturbação, inclusive com consumo excessivo e/ou compulsivo de pornografia.
Apesar de o isolamento dever ser obedecido nesse momento da pandemia, em caso de dificuldades de enfrentamento do isolamento sexual, o ideal é procurar acompanhamento especializado.